Você já se perguntou se está recebendo o valor certo na sua aposentadoria? Muita gente confia que o INSS calculou tudo corretamente — mas a realidade é que erros são muito mais comuns do que se imagina. Em vários casos, o valor do benefício é calculado abaixo do que deveria, por falhas como períodos não considerados, salários ignorados ou aplicação errada da regra de cálculo. A boa notícia é que você pode corrigir isso com uma revisão— e até receber valores retroativos. Neste conteúdo, você vai entender: O que é a revisão de aposentadoria? A revisão é o pedido feito ao INSS ou à Justiça para que o valor da sua aposentadoria (ou outro benefício) seja reavaliado. O objetivo é corrigir erros cometidos no momento da concessão e, com isso, aumentar o valor mensal que você recebe e, em muitos casos, garantir o pagamento de atrasados dos últimos anos. Quando vale a pena pedir uma revisão? Você pode pedir uma revisão quando: E mais: em algumas situações, o INSS reconhece o direito ao benefício, mas concede o tipo de aposentadoria errado, o que reduz o valor mensal. Nesse caso, também cabe revisão. Exemplos práticos de revisão que funcionam Vamos ver alguns exemplos reais que justificam uma revisão: Tipos mais comuns de revisão Tipo de Revisão O que corrige Tempo de contribuição Corrige períodos que o INSS não computou corretamente (rural, especial, militar, autônomo etc.) Erro de cálculo Corrige falhas na média salarial ou na fórmula usada pelo INSS Revisão da Vida Toda Permite incluir salários anteriores a julho de 1994 no cálculo (ainda em discussão no STF, com decisões favoráveis e desfavoráveis) Documentação faltante Complementa ou corrige documentos que não foram analisados na concessão Atividades concomitantes Corrige o cálculo de quem trabalhou em dois empregos ao mesmo tempo Qual o prazo para pedir a revisão? O prazo para pedir revisão é, em regra, de 10 anos a partir do primeiro pagamento do benefício. Depois desse prazo, ainda é possível pedir revisão apenas em casos de erro material (por exemplo, erro de digitação na idade, tempo de contribuição ou salário). Atenção: o prazo pode mudar conforme o tipo de revisão e a data da aposentadoria. Por isso, é sempre bom consultar um advogado para avaliar seu caso com precisão. Como saber se você tem direito à revisão? Você pode começar analisando: Mas o ideal é procurar um advogado previdenciário, que vai: E se a revisão for aceita? Se o pedido for aprovado: Conclusão: vale a pena pedir revisão de aposentadoria? Sim! Se você acha que o INSS pode ter cometido algum erro, ou se quer saber se existia uma regra melhor na época em que se aposentou, a revisão pode te dar muito mais do que você imagina. Em muitos casos, segurados recebem valores muito abaixo do que realmente teriam direito, apenas por não saber que é possível corrigir. E isso pode significar milhares de reais em atrasados e aumento vitalício no valor da aposentadoria. 5- Pensão por Morte: Quem Tem Direito, Quanto Vai Receber e Como Solicitar no INSS Perder alguém querido é sempre um momento doloroso. E, em meio à dor do luto, muitas famílias enfrentam também o medo de ficarem sem renda. Mas existe um benefício do INSS que pode ajudar financeiramente nesse momento difícil: a pensão por morte. Muitas pessoas que têm direito não sabem como funciona, se podem receber, por quanto tempo ou como fazer o pedido. Outras acreditam, de forma errada, que o benefício é automático ou que já passou o prazo para solicitar. Se você perdeu um familiar que contribuía para o INSS (ou era aposentado), leia este conteúdo com atenção. Você pode ter direito a um valor mensal e até atrasados de até 5 anos. Vamos explicar: O que é a pensão por morte do INSS? É um benefício pago aos dependentes de um segurado (ou aposentado) do INSS que faleceu. O objetivo é substituir a renda da pessoa falecida, ajudando a família a manter o sustento. Importante: o benefício só é concedido se o falecido: Quem tem direito à pensão por morte? A legislação estabelece uma ordem de prioridade dos dependentes, divididos por classes. Classe 1 (não precisam provar dependência): Classe 2 (precisam provar dependência econômica): Classe 3 (também precisam provar dependência): Atenção: a existência de alguém da classe 1 exclui o direito dos demais. Exemplo: se o segurado deixou cônjuge e pais, só o cônjuge tem direito. Qual o valor da pensão por morte? Após a Reforma da Previdência (2019), a pensão passou a ser calculada com base em um percentual do valor que o falecido recebia (ou teria direito a receber se estivesse aposentado): Exemplo prático:João recebia uma aposentadoria de R$ 2.500. Deixou esposa e dois filhos menores. Se os filhos deixarem de ter direito (ao completar 21 anos, por exemplo), a cota deles é extinta, não revertida à viúva. Nesse exemplo, quando os filhos saírem, a esposa passará a receber apenas 60%. Por quanto tempo a pensão por morte é paga? Depende da idade do cônjuge/companheiro no momento do falecimento e do tempo de união. Veja a tabela: Idade do dependente Duração da pensão Menor de 21 anos Até completar 21 anos Menor de 44 anos + união superior a 2 anos Variável de 3 a 20 anos 44 anos ou mais + união estável/casamento com mais de 2 anos Vitalícia Casamento/união inferior a 2 anos ou morte antes de 18 contribuições Apenas 4 meses Ou seja: a pensão por morte não é mais automaticamente vitalícia. Mas, se o dependente for mais velho e o casamento tiver durado mais tempo, o direito é mantido para sempre. Como pedir a pensão por morte no INSS? O pedido pode ser feito: Documentos necessários: E se o INSS negar o pedido? A negativa é comum quando: Mas isso não significa que você perdeu o direito. É possível: Com a ajuda de um advogado especializado, é possível reunir provas (fotos, contas conjuntas, testemunhas) e reconhecer judicialmente a união estável ou a dependência.